quinta-feira, 31 de julho de 2008

Lá vou eu com mais uma tentativa de blog...
Acho mto importante escrever o q eu sinto, mas ultimamente não tenho conseguido...
Vou então postar um texto q escrevi há um tempo atras.


Noite

Naquela noite ela pôde sentir o que nunca havia sentido, com a maior intensidade que poderia fazê-lo, sentiu-se bem, procurou um apoio naqueles olhos misteriosos, que miravam seu rosto e corpo e que pareciam ler sua alma quando encontrava o seu olhar suplicante e o fitava como nunca ninguém havia feito, somente encontrou mais mistério, a noite habitava aqueles olhos, ela não tinha mais certeza de nada, não podia encontrar aquele apoio que desejava, contentava-se, então, em admirar o indecifrável.
Os segundos se passavam, logo em seguida os minutos, as horas... Ela estava um pouco confusa, porém deixava-se levar pelo encanto daquelas mãos, mãos que percorriam seu corpo descobrindo cada nuance, mãos que acariciavam seu rosto e diziam ao pé do ouvido tudo o que queria ouvir naquele momento, procurou então o apoio naquelas mãos, mas só encontrou volúpia, contentava-se, então, em sentir.
O desejo e o prazer fizeram o medo se aquietar naquele canto escuro, solitário e empoeirado de seu peito aflito, Deixou-se ser abraçada por aquele corpo que a envolvia como ela nunca havia sido. Sentiu, então, naquele abraço tudo o que palavras, olhares e carícias não poderiam dizer, sentiu-se segura!
Um nó formou-se de repente em sua garganta, seus olhos, antes suplicantes, agora cheios de lágrimas que teimavam em querer sair. Não sentia tristeza, nem alegria, não sabia exatamente por que a vontade inexplicável de chorar, mas o faria com toda a franqueza, provavelmente o choro mais verdadeiro e puro da sua vida nunca sairá de seus olhos marejados.
Contentava-se, então, em manter-se em sigilo!


Paula Barison
Setembro / 2007